Uma manhã especial, com gincanas, danças e comidas típicas, promete integrar e animar ainda mais o dia dos beneficiários do programa De Braços Abertos / Programa Operação Trabalho (POT). Entre os dias 26 e 29 de junho, das 8 às 12 horas, a Associação de Desenvolvimento Econômico e Social às Famílias (Adesaf) e a Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo (SMTE) da Prefeitura de São Paulo realizam a Formação Cidadã Junina.

O objetivo principal é proporcionar aos beneficiários um momento maior de interação, a fim de elevar a autoestima e restaurar os vínculos afetivos. O evento, que tem como foco a formação integral do sujeito, por meio do folclore e da preservação da cultura popular brasileira, consta do plano de atividades executado pela Adesaf. 

A iniciativa faz parte das ações desenvolvidas juntamente com mais de 300 beneficiários do POT, no âmbito do trabalho, que também complementam as laborais (frentes de trabalho) desenvolvidas na Capital desde 2014, que continuam em pleno exercício diário na região central da Cidade.

Evento

A Formação Cidadã Junina ocorrerá de forma descentralizada, já que os beneficiários residem em hotéis distribuídos em diferentes pontos de São Paulo. Nos dias 26 e 29, o evento será no galpão da Alameda Nothmann, 385, Campos Elíseos, onde se reunirão os participantes que moram em hotéis próximos ao local. Já nos dias 27 e 28, respectivamente, será a vez dos beneficiários que convivem nas unidades em Heliópolis e Freguesia do Ó.   

Programa

O De Braços Abertos, vinculado em São Paulo com o Programa Operação Trabalho (POT), sugere a adoção da estratégia conhecida e amplamente praticada internacionalmente como “Housing First” (moradia primeiro, em tradução literal), no lugar de “Treatment First” (tratamento primeiro). Trata-se de um programa de redução de danos, pois minimiza as consequências, os impactos do uso de substâncias psicoativas, como aspectos sociais e de saúde pública. É implementado na região da Luz, no Centro da Capital. A Adesaf dá apoio à execução dessa iniciativa, por meio da SMTE. 
Criado em 2014, o programa parte do resgate social dos usuários de crack por meio de qualificação profissional, trabalho, alimentação e moradia digna, com orientação de intervenção não violenta. Suas diretrizes trazem um novo olhar sobre o dependente químico, que deixou de ser enquadrado como um caso de Segurança Pública e passou a ser tratado como cidadão, com direitos e capacidade de discernimento. O tratamento de saúde é uma consequência das etapas anteriores, e não condição prévia imposta para participar do programa.
Resultados
Segundo o recente levantamento divulgado pela Open Society Foundations, Ong internacional voltada à justiça social, 53% dos participantes do programa retomaram contato com a família, pelo menos 65% reduziram o consumo da droga, 73% ingressaram nas frentes de trabalho (varrição de ruas e praças, preparo de mudas para abastecer as áreas verdes municipais, inserção no mundo digital, costura e customização de roupas, artesanatos em geral etc) e 84% conseguiram emitir documentos de identidade. 
Desde maio deste ano, foram emitidas 50 carteiras de trabalho e produzidos cerca de 60 currículos para beneficiários, que buscam, agora, uma oportunidade no mercado de trabalho formal. Nos últimos 15 dias, aproximadamente 20 participantes foram encaminhados para o curso do programa Trabalho Novo, da Prefeitura de São Paulo.

 

Veja como foi o 1º dia do evento, em Campos Elíseos

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