O Instituto Adesaf (Articulação de Tecnologias Sociais e Ações Formativas) realiza, em São Vicente, a Audiência Popular Cannabis para Fins Terapêuticos: Realidade à Espera da Lei, no dia 25 de outubro, às 18h30, no Espaço Multicultural (Praça 22 de Janeiro, s/n, Centro). A entrada é gratuita e limitada a 80 participantes, que deverão se inscrever neste link. No dia do evento, pede-se a doação de um produto de limpeza, que será encaminhado à Apae da cidade.

A atividade é aberta a todos os interessados sobre o tema, que será discutido por especialistas em duas grandes mesas: “Cannabis e Saúde” e “Proibicionismo e Guerra às Drogas”.

O objetivo do evento é fomentar o debate a respeito do uso médico/ terapêutico da Cannabis sativa, planta com longo histórico de uso popular e tradicional; e refletir como a atual política de “guerra às drogas” tem impactado, de forma negativa, o acesso à saúde e ao bem-estar da população em geral.

Ao longo dos últimos anos, houve aumento significativo de pessoas que buscam informações e tratamentos baseados em substâncias encontradas na planta Cannabis. O uso tradicional começou a ser conduzido para o campo da ciência, com o objetivo de comprovar suas propriedades terapêuticas positivas no combate de diversas patologias, transtornos e distúrbios, como epilepsia, ansiedade, depressão, doença de Parkinson, esclerose múltipla, cefaleia, autismo, entre outros.

“Embora o uso terapêutico medicinal cresça, ainda existe muito preconceito e falta de informações que possam ser traduzidos ou direcionados do campo científico para o popular. Buscando ampliar e principalmente democratizar a discussão, nós vamos promover essa audiência popular”, explica a diretora-presidente do Instituto Adesaf, Fernanda Gouveia.

 

Palestrantes / mediadores já confirmados

Luciana Surjus, mestra e doutora em Saúde Coletiva e professora do Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva da Unifesp;

Renato Filev, doutor em Neurologia/Neurociências, pós-doutorando no Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes do Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da Unifesp e coordenador científico da Plataforma Brasileira de Política de Drogas;

Rafael Henrique Aparecido Ferreira, médico formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, estudou Saúde e Nutrição Pública na Universidade do Leste da Finlândia. É médico de família e comunidade pela Secretaria de Saúde de Praia Grande, membro e prescritor das associações Abrace e Pangaia.

Flávio Falcone, psiquiatra formado pelo Instituto de Psiquiatra da Universidade de São Paulo (USP), atualmente integra a equipe do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Proad-Unifesp). Idealizador do Projeto Teto, Trampo e Tratamento, na Cracolândia, em SP, onde também atua como palhaço;

Nathália Oliveira, bacharela em Ciências Sociais pela Fundação Escola de Sociologia de São Paulo, coordenadora da Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas. Tem experiência na área de Sociologia, políticas públicas com ênfase em políticas de drogas, redução de riscos e danos sociais relacionados ao uso de drogas.

Jade Mourão, tecnóloga ambiental, mestra em Meio Ambiente e Inovação pela Unicamp, educadora e consultora canábica;

Gabrielle Dainezi, especializada em Políticas Públicas e Sociais, mestranda em Etnofarmacologia pela Unifesp, presidente do Conselho Fiscal do Instituto Padre Ticão e coordenadora do Curso de Extensão em Cannabis Medicinal da Unifesp e do Movimento pela Regulamentação da Cannabis Medicinal (Movrecam);

Laureci Dias, redutora de danos, presidente do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad) de Santos e coordenadora, na Baixada Santista, do Movimento Nacional de Luta e Defesa da População em Situação de Rua;

Marco Aurélio Torres (Mion), humanista e redutor de danos, é coordenador do Núcleo de Ações e Políticas sobre Drogas do Instituto Adesaf. É pedagogo, mestre em  Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente e especialista em Projetos de Educação e de Políticas sobre Drogas.

A audiência popular é realizada pelo Instituto Adesaf e conta com apoio da Plataforma Brasileira de Política de Drogas; da Koba e da Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Cultura.